O Blog ConsumoCerto tem como principal objetivo a analise e observação das atuais tendências de consumo, colocando em evidência as opções de compra junto com as necessidades do cliente.Com base em atitudes do consumidor,saber os reais motivos de uma compra ou desistência, o que realmente atrai o consumidor em quais momentos e em que condições os consumidores estão mais dispostos a comprar. Analisar as estratégias de sucesso e fracasso e suas conseqüências para o mercado.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Coca Retornavel x Tabilãs
Coca-Cola aposta em retornável de 1 litro para combater talibãs
O investimento global na nova linha de produção foi de R$ 13 milhões. No final do mês, a fábrica em Jundiaí, a segunda maior do mundo, inicia a operação da nova linha que engarrafará o refrigerante somente em garrafas retornáveis de vidro
Por Karla Spotorno
EXAME
A Coca-Cola decidiu voltar no tempo para atacar um grande inimigo em São Paulo: as concorrentes talibãs (leia a reportagem de EXAME sobre as marcas populares e baratas). No final do mês, quando começa a funcionar uma nova linha de produção em São Paulo, a Coca-Cola Femsa volta a fabricar em escala industrial a Coca em garrafas retornáveis de um litro.
O vasilhame que pontuou a infância da geração com hoje 30 e 40 anos volta às prateleiras de pontos-de-venda escolhidos com um propósito bem definido: capturar o consumidor de baixa renda. "Vamos vender para mercadinhos e supermercados de vizinhança nas áreas onde mora a população de renda mais baixa", afirma Luiz Henrique Lissone, diretor de Operações Brasil da Coca-Cola Femsa, que abastece parte do interior e todo o litoral de São Paulo o que corresponde a cerca de 25% do mercado consumidor de Coca-Cola no Brasil. Segundo Lissone, a garrafa retornável não chegará aos hipermercados
A volta da garrafa de um litro que já sai da fábrica com o preço de 1,19 real estampado na tampa tenta atacar a consolidação dos refrigerantes mais baratos. "É uma das ações [da Coca-Cola] para aumentar a competitividade da marca e capturar o consumidor que por uma série de razões deixou de consumir Coca", afirma o diretor de Operações Brasil.
Apesar de ser vantajoso para o bolso do consumidor, a garrafa retornável exige um investimento pesado da empresa e a estruturação de processos inexistentes no caso das embalagens PET como o retorno dos vidros, a estocagem e a limpeza dos vasilhames. Na nova linha da fábrica em Jundiaí, a segunda maior da Coca-Cola do mundo, a empresa investiu 13 milhões de reais em maquinário, obras civis e na compra dos vasilhames e caixas igualmente desnecessárias no caso das garrafas de plástico, que são embaladas em sacos plásticos.
A nova linha aumentará em 10% a capacidade de produção em Jundiaí. Irá produzir 142 milhões de litros a mais, engarrafados nas retornáveis de um litro e também nas garrafinhas de consumo imediato de 290 ml, tradicional nos restaurantes e lanchonetes, e de 200ml, conhecida como caçulinha e que deixou de ser produzida há décadas. Hoje, a capacidade dessa fábrica no interior de São Paulo é de 1,1 bilhão de litros.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário